terça-feira, 7 de outubro de 2014

Crytek admite dificuldade em surpreender público com gráficos elaborados



Conhecida por fazer jogos que servem como uma ótima plataforma para vender sua engine gráfica (e pela criação da eterna pergunta “mas roda Crysis?”), a Crytek admitiu recentemente que está tendo dificuldades em surpreender o público. Segundo a empresa, está cada vez mais difícil chamar a atenção de pessoas usando gráficos elaborados como o atrativo principal de seus projetos.

“Ao contrário dos tempos do Crysis original, nós como indústria atingimos um nível de qualidade no qual está cada vez mais difícil surpreender pessoas”, afirmou o desenvolvedor Nicolas Schulz — principal engenheiro de renderização da empresa — em uma entrevista concedida ao site DSOG. “Dito isso, ainda há áreas suficientes a serem exploradas e definitivamente vamos empurrar as barreiras o quanto for possível”, complementa.

Atualmente, a Crytek está seguindo os passos da DICE e da Insomniac e trabalha em maneiras de tornar seu motor gráfico Cry Engine mais simples e acessível a desenvolvedores interessados em vez de simplesmente investir em uma maior complexidade. Além disso, a companhia também está se expandindo para o mercado free-to-play, não exatamente conhecido por confiar em visuais surpreendentes.

Ainda é possível investir em fidelidade gráfica

“Com a série Crysis e com Ryse lançamos alguns dos jogos mais avançados no quesito tecnologia, então a Cry Engine definitivamente provou seu poder”, afirmou Schulz. “Além de aprimoramentos à qualidade visual geral, temos um grande foco em melhorias dos fluxos de trabalho e pipelines para tornar a engine mais acessível e melhorar o tempo de produção de todo mundo”, complementa.

O engenheiro finaliza afirmando acreditar que ainda há muito a evoluir na questão de fidelidade gráfica e que essa possibilidade não deve ser descartada. “A geração atual de GPUs de alto desempenho infelizmente ainda está longe de atingir os 60 quadros por segundo na resolução 4K. Por favor, mantenha em mente que, em relação ao padrão 1080p, você tem quatro vezes mais pixels que devem passar pelo processo de shading. Isso satura muito rapidamente a banda disponível atualmente”, afirma.

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