Para executivo, consoles como o Xbox 360 são apenas 'dispositivos antipirataria'.
Estrategista
explica como os consoles caminham para sua extinção, ou ao menos para a
pior fase prejuízos no seguimento confira...
Quando alguém
chama o Xbox 360 e o PlayStation 3 de videogames de última geração,
normalmente quer dizer que eles são o que há de mais moderno atualmente.
Para Alex St. John, esta é a última geração de consoles porque não haverá outra depois.
O
presidente da distribuidora de jogos casuais Wild Tangent apresentou a
palestra “Jogos em 2020″ , durante a conferênca Casual Connect, que
aconteceu em Seattle (EUA).
Alex sempre foi um nome polêmico na
indústria de tecnologia: um dos responsáveis pela estratégia multimídia
da Microsoft e pela criação do sistema DirectX, ainda hoje usado na
maioria dos jogos para Windows, ele deixou a empresa de Bill Gates em
meio a um escândalo que acabou virando assunto de livros como “Renegades
of the empire” e “Masters of doom”.
As previsões do executivo podem parecer absurdas, mas ele é rápido em explicar cada uma de suas teorias.
“Os
consoles atuais não passam de dispositivos para combater a pirataria.
Quando os principais jogos se tornam experiências coletivas, como os
MMOGs (jogos multiplayer massivos) ou passam a viver de publicidade,
este modelo se torna obsoleto.
Não dá para piratear uma comunidade ou roubar um jogo gratuito”, argumenta.
Um novo modelo
“Crianças
e adolescentes não têm acesso a cartões de crédito para pagar por itens
ou assinaturas dos jogos." Citação de St. John.
Na batalha pela
preferência dos jogadores, Sony e Microsoft perdem fortunas com os
videogames – que custam mais do que o preço de venda – na esperança de
recuperar o dinheiro com as taxas que recebem a cada jogo vendido.
Para
St. John, em um cenário em que muitos jogos são gratuitos ou baseados
em micropagamentos e podem ser distribuídos via internet, o investimento
não se paga.
Quando puderem comprar cartões pré-pagos de
dinheiro virtual, tudo se resolve. Basta ver o que aconteceu com a loja
iTunes, da Apple, e a indústria musical.”
A ironia do raciocínio
é que os fabricantes de videogames estariam em um beco sem saída:
“Quanto mais rápido os consoles adotarem o modelo de distribuição
on-line, mais rápido eles vão acabar, pois estarão eliminando o
intermediário das redes de varejo de onde vem a maior parte de sua
receita atual”, explica St. John. “As empresas menores já saíram desse
mercado e os acionistas das maiores não vão continuar apoiando
iniciativas que perdem mais de um bilhão de dólares por ano”, completa,
citando o prejuízo que Microsoft e Sony têm com a venda de consoles.
Jogos para a família
A
exceção que confirmaria a regra é o Wii, um dos consoles mais vendisos e
único que dá lucro, pois fugiu da batalha pelo poder de processamento e
adotou componentes baratos e um sistema de jogo inovador.
“A
Nintendo aprendeu uma lição com a indústria dos arcades: quando
qualidade gráfica se torna commodity, você deve se diferenciar nos
dispositivos de controle” diz, explicando que as pessoas só pagam para
jogar um game de corrida num arcade porque podem fazê-lo em um carro que
simula a experiência real – do contrário, jogariam em casa.
Ao falar dos arcades, o executivo aproveitou para traçar um paralelo entre a indústria de games e a do cinema e televisão:
“Os arcades e os jogos vendidos em lojas são como o cinema.
Você paga, vê o filme e, se não gostar, azar o seu, pois o dinheiro já está na mão da empresa.
Os jogos casuais são como a televisão: conteúdo distribuído em massa, financiado em grande parte pela publicidade.”
“Você
poderia argumentar que a TV não acabou com o cinema, mas, embora a
indústria do cinema seja muito grande, a da televisão e, principalmente,
da publicidade na televisão são muito maiores.
As pessoas continuam
indo ao cinema, é verdade, mas a tecnologia de uma sala de cinema não
fica obsoleta e precisa ser substituída a cada dois anos, como os
videogames.”, completa.
Será
Deixe seu comentário, Realidade Virtual, Estilo o Anime Sword Art Online? sim ou nao
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