O número de pedidos de informação pessoal de usuários do Twitter feitas por órgãos governamentais de países ao redor do mundo aumentou 77,8% no primeiro semestre de 2014, segundo o relatório de transparência, divulgado pelo microblog nesta sexta-feira (1º).
Entre janeiro e junho, o site recebeu 2.058 solicitações para enviar dados de seus clientes a entidades de 54 países diferentes. A título de comparação, nos primeiros seis meses do ano passado, foram feitos 1.157 requisições de dados. O ano de 2013 foi encerrado com 2.567 pedidos.
De lá para cá, oito novos países entraram na lista dos que solicitam à rede social informações pessoais de tuiteiros. No primeiro semestre de 2014, o Brasil fez 77 pedidos, requisitando dados de 157 contas. O Brasil é o quinto país que mais faz requisições. Ao todo, as solicitações governamentais miraram 3.131 perfis. Os Estados Unidos são o país que mais aciona o Twitter. Foram 1.257 pedidos, 61% do total, que tinham como alvo 1.918 contas.
Este é o quinto relatório de transparência do Twitter. O microblog pede ao Departamento de Justiça dos EUA e ao FBI para que possa detalhar melhor quais são os pedidos que tratam de segurança nacional nesses documentos.
“Se o governo não nos permite publicar o atual número de requisições, nós queremos a liberdade de fornecer a informação em games muito menores que serão mais significativas para nossos usuários do Twitter, e mais em linha com o relativo menor número dos pedidos que recebemos que não são sobre segurança nacional”, escreveu Jeremey Kessel, diretor jurídico do Twitter, em post no blog da empresa.
A empresa enviou ao Departamento de Justiça um rascunho do relatório de transparência discriminando quais pedidos se tratavam de segurança nacional. O intuito do Twitter era receber autorização para que pudesse publicar o documento sem que contivesse informações secretas. O pedido não foi sequer respondido. A companhia informa ainda que está analisando quais são as saídas legais para o impasse.
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