Essa agilidade que os felinos possuem serve para reduzir o impacto das quedas. É algo que os humanos não têm naturalmente, porém, pode ser desenvolvida. “O cérebro humano não consegue — sem treinamentos adequados — determinar tão rápido qual a sequência de posições que o corpo deve fazer para garantir uma chegada segura ao solo”, informa a professora.
Ela completa dizendo que, teoricamente, não importa a posição e velocidade inicial que temos, nós podemos, precisamente, controlar o ângulo da aterrisagem mudando nossas posições durante a queda. No entanto, nós, pessoas, possuímos algumas limitações físicas: como articulações ou músculos, que nos impedem de mudar as poses rápido o suficiente.
Foi estudando essas limitações que a equipe desenvolveu um robô que poderia computar esses movimentos:
Matemática + Felinos = Robôs-ninjas
No estudo, o grupo usa um algoritmo de "planejamento de trajetória não holonômica”, inspirado na queda do gato. Ele é usado para orientar um robô articulado a repetir os movimentos do felino, através de algumas de configurações.A questão é que, assim como o cérebro humano, a tecnologia atual não tem essa “agilidade felina” que faça com que o robô calcule tão rápido os movimentos corretos a serem feitos. Dessa forma, para verificar o quão rápido as máquinas conseguiriam fazer esse cálculo, seriam necessários testes. Porém, como fazer esses testes sem acabar com toneladas de metal espatifado?
A equipe, então, criou um ambiente de gravidade reduzida. Usando uma superfície lisa e inclinada e um soprador de folhas — algo semelhante a uma mesa de air hockey —, eles deram um jeitinho de simular uma queda em câmara lenta e dar aos robôs tempo suficiente para se mexerem, sem que virassem um monte de sucata no chão.
Claro que ainda vai demorar para termos um bando de robôs-ninjas saltando de prédios e realizando resgates fenomenais, mas chegaremos lá. Enquanto isso, vamos torcendo para que eles não se revoltem!
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