quinta-feira, 18 de setembro de 2014
Cinema do futuro: prepare-se para assistir a filmes exibidos em três telas
O avanço da tecnologia eletrônica tem acometido diversos setores do entretenimento. Além dos promissores horizontes desbravados pela projeção em 3D para jogos, o cinema também deverá sofrer alterações notáveis na forma com que se mostra aos espectadores atualmente. Esqueça os óculos e as prometidas três dimensões e prepare-se para ficar cercado por telas colossais capazes colocá-lo em meio ao filme.
Criado por Ted Schilowitz, cofundador da companhia Red Camera, o sistema Barco Escape consiste na combinação entre três monitores. “Esta é uma época muito interessante para analisarmos a produção cinematográfica e pensarmos sobre as opções que estão disponíveis”, comenta o idealizador do projeto.
A experiência
A tecnologia desenvolvida por Schilowitz é pioneira e encontra-se atualmente em fase de testes. Mas o protótipo já tem sido analisado por sortudos cinéfilos; de acordo com Andrew Tarantola, jornalista do site Gizmodo, a experiência provida por Barco Escape não é perfeita, mas certamente mostra-se mais aprimorada quando comparada à projeção em 3D.
“A experiência atual está longe de ser perfeita. Devido ao espaçamento entre as telas, barras escuras aparecem. Isso acaba quebrando parte da ação, mas é tolerável se você focar sobre o centro do filme – é possível, porém, que essas linhas distraiam os espectadores durante uma cena”, comenta Tarantola.
Ainda conforme explica o jornalista, a adição de telas periféricas não acrescenta conteúdo de teor informativo a quem assiste aos filmes. “É como se você estivesse olhando para um monitor muito grande, como para uma tela de 21:9”, diz.
Perspectiva
O lugar onde os espectadores sentam pode determinar o quão intensa a experiência junto às telas pode ser: dependendo da cadeira, as bordas do filme poderão ficar borradas. “Os telões laterais parecem estar um pouco fora de foco, o que é legal se você se concentra na tela central (...), mas desconfortável no momento em que uma visão sobre ambas as telas periféricas é lançada”, confessa Tarantola.
O problema de infraestrutura apontado pelo jornalista é de fato um empecilho ao sistema Barco Escape. “Cada cinema possui diferentes dimensões – são tamanhos característicos que possuem formas particulares de abordagem. Em alguns deles, as telas laterais serão menores; em outros, menores”, explica Schilowitz. O criador deste ousado projeto pretende fazer com que a nova tecnologia esteja finalizada em 18 ou 24 meses. Será que a nova proposta vai pegar?
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