The Swapper é um jogo para Windows, Linux, Mac, Wii U, Playstation 3, Playstation 4 e PS Vita, coloca o jogador na pele de um astronauta que escapa de uma estação espacial de pesquisa e chega até um planeta misterioso. Munido de um dispositivo experimental que é capaz de clonar o portador e alternar o controle entre os clones, o astronauta precisará resolver enigmas e buscar respostas sobre os últimos acontecimentos com a estação e a tripulação. Confira a análise desse jogo:
História
Os humanos esgotaram os recursos naturais da Terra, fazendo com que necessitassem enviar sete estações de pesquisa por todo o espaço a fim de coletar recursos para a Terra. Seu personagem está a bordo de uma dessas estações de pesquisa: a Theseus. Por vários anos esta estação estava estudando o planeta deserto Chori V, que possui em abundância um metal mais duro que o aço.
Além disso, eles encontraram uma formação rochosa complexa, capaz de gerar atividade eletroquímica. Após estudarem essas rochas – chamada The Watchers -, os cientistas perceberam que elas possuem uma inteligência rudimentar, e uma característica que permitiu a eles criar um dispositivo de clonagem humana, capaz de alternar entre portador e clone. Com o passar do tempo, eles percebem que aquelas rochas são mais perigosas e inteligentes do que imaginaram.
Um mundo feito de argila
Os gráficos de The Swapper são uma grande característica do jogo. Além de conseguir criar um ambiente imersivo e misterioso, grande parte dos cenários do jogo foram feitos a partir de argila e de outros materiais de uso diário. Após a criação do cenário, o modelo foi escaneado para o computador, onde recebeu o tratamento de luz, sombra e texturização.
O ambiente de The Swapper lembra muito os clássicos de ficção científica. O belo trabalho de luz e sombra fazem com que haja imersão, mistério e até elementos de horror pelos cenários. A cada nova ala descoberta, o jogador será posto em um novo desafio, fazendo-o se questionar e querer buscar respostas, ao mesmo tempo em que o desejo de explorar cada espaço daquele planeta seja a prioridade.
Jogabilidade e o The Swapper
Em um primeiro momento, o jogador poderá achar a jogabilidade de The Swapper estranha e confusa, mas basta alguns poucos minutos até que ele se acostume com a mecânica. Contando com poucos comandos, como andar para frente, para trás, saltar, interagir, criar clones e alternar entre eles, The Swapper será familiar para aqueles que já jogaram games como Limbo ou Constant C, por possuir mecânica similar.
A grande novidade é o protótipo de criação de clones, chamado de The Swapper. Como já dito anteriormente, esse dispositivo é capaz de clonar o portador e alternar o controle entre os clones criados. Ela permite que sejam criados até quatro clones, onde só será possível criar mais caso os antigos clones morram.
Usar o The Swapper pode ser difícil no início, mas é rapidamente aprendido, bastando apenas treinamento. Ao ativar o dispositivo, o jogo fica em câmera lenta, dando tempo suficiente para você criar um clone em pleno ar e alternar para ele antes que seu personagem morra.
Música e Ambientação
A trilha sonora de The Swapper é profunda e melancólica. É quase possível em alguns momentos sentir a angústia e solidão de seu personagem, enquanto caminha sobre os vazios cenários acompanhados de uma triste melodia. As dublagens são outro trabalho bem feito da Facepalm.
Não possuindo suporte a língua portuguesa, seja em legendas, interface ou dublagem, o jogo pode se tornar pouco original para aqueles que não compreendem a língua inglesa. Não obstante, a ambientação e jogabilidade do jogo podem suprir essa necessidade, oferecendo um jogo belo e dinâmico.
Uma dificuldade divertida
Embora bonito, não pense que The Swapper é um jogo fácil de se chegar ao final. Os puzzles apresentados no jogo possuem dificuldades diferentes em cada parte da campanha. É possível encontrar um puzzle extremamente fácil em uma parte do jogo, e outro extremamente difícil em outra. O jogador não deve se sentir mal se desistir de um puzzle e partir para outro, já que essa será uma situação comum no jogo finlandês.
Será necessário aprender todas as nuances da The Swapper para evoluir na história. O jogo lhe ensinará o básico, como evitar luzes azuis por impedirem a criação de clones, ou as vermelhas, que impedem a alternância entre clones, mas ele não te dirá que você precisa criar um clone em pleno ar e alternar para ele antes que seu personagem morra ao atingir chão, por exemplo.
Além disso, o jogo oferece um mundo gigantesco para explorar. Há várias áreas com puzzles difíceis que lhe recompensarão com Orbs – itens necessário para habilitar outras áreas, como teleportes e mecanismos. Além das conquistas que podem ser alcançadas e das Steam Trade Cards que podem ser adquiridas, nas plataformas suportadas.
Conclusão
Sem sombra de dúvidas The Swapper é uma boa aquisição a se fazer. Além de oferecer um jogo bonito, lapidado e com jogabilidade curiosa, o jogo não possui valor demasiado como outros títulos famosos, independente da plataforma. Tanto os jogadores que apreciam puzzles, os que simplesmente buscam uma boa história ou aqueles que não desperdiçam um bom jogo, The Swapper pode ser considerado um dos melhores jogos Indies para qualquer um.
Nenhum comentário:
Postar um comentário