segunda-feira, 13 de outubro de 2014

Primeiro ciberassassinato deve ocorrer em alguns meses, diz Europol



A violência é um mal que tentamos combater todos os dias no nosso país. Apesar de esse problema ser uma constante em nossas vidas, sempre existe um lugar onde nos sentimos mais seguros, pode ser em nossas casas, no trabalho, na delegacia ou no colo da mãe. Bem, para a Europol, agência de inteligência criminal da União Europeia, em um futuro não muito distante não haverá mais lugar seguro.

Em seu último relatório, divulgado em seu site oficial, a agência destaca que o primeiro ciberassassinato não está muito longe de ocorrer. Significa que em algum tempo vai acontecer o primeiro atentado relacionado com o mau funcionamento de um dispositivo conectado, com o objetivo de acabar com a vida de uma pessoa.

De acordo com o relatório da Europol, as vulnerabilidades de falhas de segurança de certos dispositivos WiFi vão resultar em um “acidente” provocado por outra pessoa. Obviamente não dá para prever o que vai acontecer, mas se você pensar bem as possibilidades são muitas. Cada vez mais nossas coisas estão conectadas à internet —carros, dispositivos conectados no lar e redes que controlam a temperatura da casa são alguns exemplos.
 
Estudo sobre segurança

Recentemente, a HP realizou um estudo em que analisou dez dos dispositivos de IoT (Internet of Things, em inglês) mais populares do mercado, incluindo alarmes de residências, hubs residenciais, termostatos, smart TVs, webcams e até fechaduras eletrônicas. A constatação foi que cada dispositivo continha em média 25 vulnerabilidades, totalizando 250 encontradas.

O estudo também concluiu que 80% dos objetos ‘inteligentes’ do lar não contam com nenhum recurso de segurança (como senhas confiáveis), e 70% deles usam serviços na rede sem codificação.
 
Realidade x ficção

Apesar de tudo isso, a Europol afirma que não há motivos para grandes alardes, exageros ou paranoias como a do político norte-americano Dick Cheney, que, em 2007, decidiu desligar a conectividade sem fio do seu marca-passo para evitar a ação de hackers.

Na ficção, algo parecido já foi mostrado durante a segunda temporada da série Homeland. No episódio “Broken Hearts”, o vice-presidente dos EUA, William Walden (interpretado pelo ator Jamey Sheridan), é vítima de um atentado em que um hacker, com posse do número de série do marca-passo do político, induz um ataque cardíaco remotamente.

O que a agência recomenda é que o público receba mais informações sobre o assunto, e que todos fiquem conscientes dos riscos relacionados com a cibersegurança.

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